O Banco Central adiou a estreia do Drex para 2026, iniciando com uso restrito a instituições financeiras. A nova moeda digital brasileira promete revolucionar o sistema financeiro, mas sua chegada ao dia a dia da população será gradual, em fases que começarão com transações entre bancos e evoluirão para aplicações mais amplas no futuro.
A moeda, que passou por fases piloto desde março de 2023, deve ser implementada após a conclusão dos testes e da consolidação do arcabouço legal.
O Drex (Digital Real X) é uma moeda digital emitida e regulada pelo Banco Central, com paridade 1:1 com o real físico.
Diferente das criptomoedas descentralizadas, o Drex é uma CBDC (Central Bank Digital Currency) e funcionará como uma versão eletrônica do real, totalmente integrada à infraestrutura financeira nacional .
Embora as primeiras fases tenham explorado o uso de blockchain (DLT), o projeto migrou para uma arquitetura centralizada e permissionada, que garante maior controle, escalabilidade e integração com sistemas já consolidados, como o Pix .
O Drex não substituirá o dinheiro em espécie e respeitará as regras de sigilo bancário e proteção de dados (LGPD). O Banco Central reforça que o sistema não servirá para monitorar cidadãos, mas sim para ampliar a segurança e eficiência das transações financeiras.
O projeto está na segunda fase do piloto, testando usos práticos como contratos inteligentes e transações tokenizadas. O lançamento público é esperado ainda em 2026, condicionado à conclusão dos testes e à aprovação legal.