Mercado de Trabalho dos EUA Empacou em Julho — Sinais de Alerta para Investidores
04 de agosto de 2025 às 09:00 / 0 Comentários
Emprego nos EUA: os novos números que surpreenderam
Foram criadas apenas 73 mil vagas não-agrícolas em julho, muito abaixo das 110 mil previstas pelos economistas
Os dados de maio e junho foram revisados para baixo em 258 mil vagas combinadas, reduzindo o crescimento médio dos últimos três meses para cerca de 35 mil vagas por mês, o menor ritmo desde 2010
A taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2% em julho
Setores como saúde e assistência social ainda geraram empregos — respectivamente 55 mil e 18 mil novas vagas —, enquanto o emprego no governo federal caiu 12 mil postos, contribuindo para a perda generalizada de mais de 84 mil vagas desde janeiro.
Repercussões imediatas no mercado financeiro
O rendimento dos títulos do Tesouro americano (10 anos) caiu quase 10 pontos-base, refletindo aversão ao risco e sinalizando expectativa de cortes na taxa de juros.
O dólar perdeu força: recuou 1,1% em um dia, reagindo à nova precificação de redução dos juros do FED para setembro.
Bolsas sofreram queda: Dow caiu ~1,2%, S&P 500 ~1,6% e Nasdaq ~2,2%, impulsionadas também pela pressão de tarifas comerciais .
O que isso significa para o investidor brasileiro
Possíveis cortes de juros pelo Fed ainda em setembro aumentam a atratividade de ações em mercados emergentes como o Brasil, além de reduzir o apelo ao dólar.
Setores como commodities e exportadoras brasileiras podem se valorizar em ambiente global de juros menores e recuperação de fluxo.
Essa combinação abre a chance de real mais valorizado, aliviando pressões inflacionárias locais e favorecendo investimentos em renda variável.
Próximos passos e indicadores-chave
Reunião do Federal Reserve em 17 de setembro: mercados já precificam cerca de 80% de probabilidade de corte de juros em resposta à fraqueza no emprego.
Dados de inflação em agosto serão o grande termômetro para confirmar ou não os sinais de desaceleração contratando.
Relatórios de empresas globais como AMD, Palantir, Disney e Uber vão mostrar se o setor privado também está sentindo os efeitos do enfraquecimento econômico.