Em um marco inédito para o mercado financeiro nacional, a renda fixa superou a marca de 100 milhões de investidores no Brasil no segundo trimestre de 2025. Segundo o boletim trimestral de Pessoa Física da B3 — divulgado em 11 de agosto —, o número de CPFs com aplicações nessa modalidade chegou a 100,2 milhões, o que representa um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o valor custodiado atingiu R$ 2,8 trilhões, alta de 23%.
Especialistas apontam como fatores principais:
Segundo os dados da B3:
O Tesouro Direto alcançou a marca de 3 milhões de investidores, um avanço de 14% em relação ao ano anterior, com saldo em custódia de R$ 169,9 bilhões, um aumento de 24%, sendo os títulos Tesouro IPCA e Tesouro Selic os mais relevantes, representando mais de 70% do total .
Apesar de também apresentar crescimento, o segmento de renda variável segue atrás:
O cenário atual — com juros altos, digitalização dos investimentos e busca por segurança — tem favorecido a renda fixa de maneira significativa. No entanto, embora o número de investidores seja expressivo, o ticket médio ainda é baixo, típico de uma economia em desenvolvimento. Crescer em profundidade — como elevar o volume médio por CPF — dependerá de uma economia mais robusta, melhores níveis de renda e maior estabilidade econômica.
Para 2026, com as previsões apontando para um ciclo de redução da Selic, analistas veem potencial para diversificação nos portfólios, com migração gradual para fundos multimercado, ações e alternativas mais atrativas